[FSFLA-Traductores] boletín 1 de junio en español

Alexandre Oliva lxoliva en fsfla.org
Jue Jun 1 19:25:53 UTC 2006


Lá vai...  Desculpe a demora.  Fernanda se ofereceu para traduzir
parte, mas só vi a oferta dela depois que acabei a tradução :-(
Fernanda, se quiser dar uma conferida, será bem-vinda.

Vi que outras traduções têm traduzido o nome das listas, para que
sentenças fazendo referência a [traductores] como as pessoas que
traduzem, e não ao nome da lista, continuem fazendo sentido na
tradução.  Melhor evitar esse tipo de construção, pois o nome da lista
não varia, e dizer [translators] ou [tradutores] não fica bem.

Parte do argumento do editorial sobre LUGs se perdeu em francês, já
que nessa língua Free Software se escreve Logiciel Libre, começando
com L, ao contrário das demais, portanto o desalinhamento entre o "L"
e o verdadeiro significado "Software Livre" (e não "Linux") se perde.
Talvez seja o caso de adicionar uma nota do tradutor apontando esse
fato, para que o argumento do texto faça mais sentido.  Por outro
lado, talvez coubesse um reparo ao texto original, mencionando que os
LUGs de língua francesa não enfrentam essa dificuldade :-)


Novidades FSFLA
Boletim #11
Junho de 2006

Editorial
O "L" em LUG significa "Software Livre"

Quando o que iria se converter em um grupo de usuários de Software
Livre provuraca um nome, o que lhes pareceu natural foi "COLIBRI --
Comunidade de Usuários de Software Livre na Colômbia".  Percebam que a
sigla não corresponde ao nome, provavelmente pelo fato de que a
palabra "colibri" era muito charmosa para sacrificá-la pela
necessidade de realmente significar alguma coisa.

No momento de sua fundação, nem todos os grupos de usuários são tão
perspicazes, ou talvez tão afortunados, como foi COLIBRI.  Na maior
parte dos casos, foram criados por grupos de pssoas que haviam
descoberto algo verdadeiramente maravilhoso: software que podiam
estudar e trocar como quisessem, programas que podiam compartilhar
livremente com seus amigos, e que podiam usar sem ter que se submeter
às condições restritivas estabelecidas unilateralmente por seu autor.

Muito freqüentemente, eles vieram a conhecer esse software através de
um sistema operacional de funcionamento similar ao Unix a que muita
gente se referia como "Linux", de modo que quando vinham a dizer ao
mundo sobre isso, a maioria deles formava um "Linux User Group"
("Grupo de Usuários Linux"), ou LUG.

Só depois de seus membros se familiarizarem mais com a filosofia e a
história do Software Livre, muitos dos LUGs se davam conta da
importância do projeto GNU.  Alguns deles lamentavam o erro original
o suficiente para trocar seus nomes.  Algumas vezes trocavam o
significado da sigla (o LUGMen, de Mendoza, se convertem em "LUGMen
Usa GNU/Linux em Mendoza", refletindo a recursividade de GNU), algumas
vezes trocaram o nome para algo que não coincidia em nada com a sigla
(o LUGRo de Rosario se converteu em "Grupo de Usuários de GNU/Linux de
Rosario").  Outros sentiam que ambas as soluções eram tão esquisitas
que não valia a pena se incomodar com isso.

Recentemente, porém, mais e mais LUGs estão se dando conta de que
manter a ênfase em "Linux" não é correto, que mesmo apliar o enfoque a
GNU/Linux não é suficiente, e que nada menos que "Software Livre"
será.  Isso surge de três observações que se estão tornando inevitáveis:

- o tema dos LUGs é muito mais amplo que Linux, inclusive GNU/Linux.
pedir ajuda com um sistema BSD em uma lista de correio de um LUG não é
considerado fora do tópico, mas pedir ajuda com sistemas tipo Unix não
livre como AIX é.  Solaris era similarmente fora de tópico, mas
OpenSolaris não é.  De um ponto de vista técnico, esses sistemas
operacionais têm muito em comum, mas são irrelevantes para o tema do
LUG.  Isso deixa claro que é a liberdade, e não uma característica
técnica, que faz o software pertinente ao trabalho de um LUG.

- uma grande parte do trabalho dos LUGs é falar às pessoas sobre
Software Livre.  Se o fazem se concentrando em "Linux", não apenas
estão desviando a atenção dos problemas importantes, estão até pondo
parte de seu trabalho em risco.  Como qualquer outro programa livre, o
kernel do Linux não estará conosco para sempre: podería se tornar
obsoleto, ou uma demanda judicial poderia ter êxito e tirá-lo de nós
até certo ponto.  Isso afetaria certamente o Software Livre, mas não
seria uma catástrofe: há outros kernels livres e Linux poderia ser
substituído sem demasiado esforço.  O efeito nas comunicações, porém,
poderia ser muito maior: se os LUGs viessem dizendo à pessoas 
"Linux é bom para você", e de repente Linux já não está mais
disponível, devem refazer toda a comunicação novamente.

- o tema dos LUGs não está em nada restrito aos sistemas operacionais
ou ao projeto GNU.  Perguntas sobre o uso de programas livres não-GNU
como OpenOffice.org ou Mozilla em sistemas operacionais proprietários
são bem-vindas e os LUGs freqüentemente ajudam pessoas a tomar o
caminho do Software Livre instalando programas livres em qualquer SO
que o usuário tenha em sua máquina.

Com o tempo, os LUGs da América Latina têm se dado conta disso e
trocad seus nomes e comunicações para refletir o fato de que realmente
estão se congregando ao redor do conceito de Software Livre e não de
um programa particular ou coleção de programas.


FSFLA responde a Revista Veja

Veja, uma das revistas de notícias de maior circulação no BRasil,
publicou um artigo criticando a adoção de Sofwtare Livre pelo governo
brasileiro.  Uma cópia on-line do artigo está disponível em:

  http://veja.abril.uol.com.br/170506/p_068.html (somente assinantes)
  http://listas.softwarelivre.org/pipermail/psl-brasil/2006-May/012152.html

FSFLA respondeu da seguinte maneira:

"Criticar boas atitudes do governo não me parece uma atitude sensata,
  mesmo que se queira fazer oposição.  A adoção de Software Livre, por
  exemplo, é apresentada na edição nº 1956 (17/5/2006) como bandeira
  partidária, a despeito da convergência de iniciativas estrangeiras e
  nacionais, de direita e de esquerda, na mesma direção.  Pelo
  contrário, a busca pela soberania, independência e desenvolvimento
  tecnológicos e econômicos do país, ao invés de aceitar a posição de
  mero consumidor de software, deveria ser idependente de
  partidarismos.

  Nossa iniciativa não é tão bem sucedida como em tantos outros
  países, isso é fato.  Erros de administração à parte, certamente
  contribui negativamente a impunidade da corrupção, que facilita a
  atuação dos lobbies do software proprietário que buscam preservar
  seus monopólios.  Ao ouvir somente o lado favorável aos monopólios,
  confundir liberdade com gratuidade e apresentar a geração de
  empregos locais em contrapartida a envio de royalties ao exterior
  como fator negativo, entre outros enganos, a revista pôs em sério
  risco sua credibilidade, ainda mais em face da apresentação
  jornalística de falácias veiculadas em campanhas publicitárias e em
  "estudos" patrocinados por anunciantes da própria revista.

  Seguem algumas outras URLs que refutam com mais informação a posição
  tomada pela matéria da Veja:

    http://www.iti.br/twiki/bin/view/Main/PressRelease2006May18A
    http://www.cipsga.org.br/article.php?sid=7919&mode=thread&order=0
    http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/Veja__Lula____e_o_software_livre/id/2831
    http://falcon-dark.blogspot.com/2006/05/para-o-pblico-e-o-privado-sem.html
    http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/Blogs/BlogPostView?post=BlogPostMarceloBranco20060518102019
    http://listas.softwarelivre.org/pipermail/psl-brasil/2006-May/012283.html

  Alexandre Oliva
  Secretário da Fundação Software Livre América Latina"

GPLv3

A Free Software Foundation continua liderando o processo de
atualização e comentários sobre a licença GPL para a versão 3.  A
terceira conferência do ciclo anual de consulta pública se realizará
em Barcelona, Espanha, nos dias 22 e 23 de junho.

Para esse evento está confirmada a presença de Richard M. Stallman,
fundador e Presidente da Free Software Foundation, Eben Moglen,
Presidente do Software Freedom Law Center e conselheiro legal da FSF,
e Georg Greve, presidente da FSF Europa.  Pela FSFLA, estará presente
Federico Heinz, que nos manterá informados do que ocorra durante os
dias do evento.

Assim como ocorreu há poucos meses no Brasil, a terceira conferência
da GPLv3 contará com palestrantes especialistas da Europa e do resto
do mundo em sessões que discutirão a internacionalização da licença,
os problemas relativos a DRM e patentes de software e a adoção da
licença por parte de projetos de desenvolvedores de Software Livre.

Mais informação sobre esse evento no sítio de nossa organização irmã
FSFE em http://fsfeurope.org/projects/gplv3/europe-gplv3-conference

Trabalho em andamento

A equipe de [tracdutores] da FSFLA está trabalhando na tradução de
vários documentos.

Neste momento estamos elaborando a versão para espanhol do discurso de
Richard M. Stallman no evento da GPLv3 durante a Segunda Conferência
Internacional realizada em Porto Alegre, Brasil.

O rascunho ainda não corrigido do material está em nosso wiki em
http://wiki.fsfla.org/wiki/index.hph/FISL_RMS

Está aberto o convite para colaborar com essa e outras traduções.
Para isso, contamos com a lista de correios de [traductores] onde se
pode revisar o trabalho cotidiano e se inscrever em
http://www.fsfla.org/cgi-bin/mailman/listinfo/traductores

Algumas discussões interessantes sobre legislação sobre uso de
Software Livre na Administração Pública têm lugar na lista [legales].
Um dos temas centrais que se discutem atualmente tem a ver com a Lei
de Software Livre do Rio Grande do Sul e a controvérsia aberta sobre
sua constitucionalidade.
Arquivos públicos e convites para somar contribuições à discussão em
http://www.fsfla.org/cgi-bin/mailman/listinfo/legales

Com o objetivo de apoiar as administrações públicas e entidades
governamentais que já trabalhem com Software Livre ou estejam
avaliando a decisão política de incorporá-lo em suas agendas, FSFLA
inaugura a lista de Administração Pública.  Se você é membro de algum
órgão governamental, pode se somar a esta equipe em
http://fsfla.org/cgi-bin/mailman/listinfo/admpub  

Se trabalhas em área de imprensa ou difusão e quer colaborar com o
trabalho de comunicação da FSFLA, contamos a partir de agora com uma
lista para esse fim em http://fsfla.org/cgi-bin/mailman/listinfo/prensa

Como sempre, mais informações sobre como participar da FSFLA em
http://www.fsfla.org/?q=es/node/78


Eventos

No fim de abril, Federico Heinz esteve em Dublin, Irlanda, trabalhando
junto a colegas de nossa organização irmã FSF Europa e da Irish Free
Software Organization (IFSO).  Os registros de áudio da conferência
sobre Software Livre em Educação e na Administração Pública estão
on-line no sítio do IFSO em http://ifso.ie/events/2006-04-29/index.html

FSFLA participou do Fórum Mundial de Educação

FSFLA acompanhou o projeto Gleducar em sua apresentação no Fórum
Mundial de Educação, realizado em Buenos Aires, nos dias 4, 5 e 6 de
maio.  Beatriz Busaniche, pela FSFLA, acompanhou a apresentação do
Gleducar, que esteve a cargo de Carlos Toledo, Román Gelbort, Franco
Iacomella e Bibiana Bocolini.  Gleducar e FSFLA apresentaram de forma
conjunta os princípios do Software Livre, as principais orientações
para uso de Software Livre em Escolas enquanto Gleducar focou
principalmente no conceito de Construção Cooperativa de Conhecimento,
que é a base do trabalho pedagógico deste projeto educativo.  Mais
informação, apresentações e relatos do que aconteceu no Fórum Mundial
de Educação no sítio do Gleducar em
http://wiki.gleducar.org.ar/wiki/index.php/Foro_Mundial_de_Educaci%C3%B3n_2006

-- 
Alexandre Oliva         http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
Secretary for FSF Latin America        http://www.fsfla.org/
Red Hat Compiler Engineer   aoliva@{redhat.com, gcc.gnu.org}
Free Software Evangelist  oliva@{lsd.ic.unicamp.br, gnu.org}


Más información sobre la lista de distribución Traductores